Podia ser uma grande piada. Uma série de bonecas todas da mesma proporção, caminhando com pernas longas e passos largos, sob holofotes, flashes e enormes saltos, numa calçada sem buracos, vestindo os sucessos da próxima estação.
Mas não é uma piada não. Acontece, perto ou longe daqui, mas com certeza bem distante de mim. São estilistas, marcas, tendências, modismos cíclicos que vêem e vão. Conteúdo rico para cartilhas, regras, insights de cores e texturas que vão vestir milhares de mulheres das passarelas às ruas, no próximo verão.
Material ultraconcentrado que se dilui em litros e litros de dicas de estilo, must-haves, e trends-to-watch. Nada contra. Tudo a favor. Desejo quase todos os itens que viram febre, mas não fico com febre se não me encaixar no padrão.
Me permito a leveza de brincar com o que visto todos os dias e levo bem a sério o lúdico descompromisso que a moda me permite. É uma das poucas linguagens realmente democráticas que eu exerço sem me permitir a dor na consciência que poderia me causar o fato de não ter um metro e setenta. Se eu como com culpa, compro com culpa e amo com culpa, pelo menos me visto sem ela.
É uma forma de arte onde eu não preciso de talento nato para expressar o que vem no coração. Sim, no coração. É o reflexo do humor, do amor, do clima, do estado de espírito, da situação, das mudanças, do amadurecimento, das experiências, do mundo. E vestir tudo isso, sem medo nem preconceito é um encontro diário com olhares de desaprovação. É uma busca constante para que o diferente não seja apenas uma repetição.
Ps2: Meu comentário no post, achei importante compartilhar com vocês minha opinião.
Adorei o post. Nunca fui de seguir modinha, apesar de muitas vezes desejar aquele must-have (ainda quero um sneaker), acho meio ridículo aquelas pessoas que só querem roupa de marca e não vão a um ou outro lugar só por que não esta vestido a tendencia ou por que já usou essa roupa uma vez.
As vezes (muitas vezes) as pessoas querem ser como se mostra na passarela, aquelas meninas magras e que muita gente acha linda (eu não), acho que cada um tem que ser feliz e se aceitar do jeito que é. Se você não tem corpo dos sonhos aceite o seu. Não precisa ficar seguindo regrinha boba de moda, eu uso color blocking desde muito antes da tendencia e não é só por que é moda, me sinto bem assim. Acho que é assim que tem que ser.
As pessoas tem que usar o que gostam e não o que as outras pessoas querem que você use.
Vou confessar uma coisa, sou muito magra (estilo passarela) e sabe e não gosto, (tenho 13 anos, 1.62 e 40 kg) eu queria pesar no mínimo uns 46, mas não peso, muita gente diz que quer ter o meu corpo, e eu muitas vezes queria ter o delas, mas como o meu corpo é esse eu me aceito e vou sendo feliz do meu jeito, não importa se as pessoas gostam ou não do que eu uso e faço, afinal a vida é minha não é mesmo?
Desculpa o desabafo, mas acho que essa é a oportunidade perfeita, pras pessoas verem o que estão fazendo com a própria imagem.
Ps3: Entenderam o recado? Espero que tenham gostado. Eu concordo em tudo que ela disse, acho que as pessoas podiam seguir esse exemplo
Bjks ♥♥♥
O primeiro look montei lá no Looklet, já foi inspirada nesse da esquerda que é das Camila Coutinho lá do Garotas Estúpidas, foi uma sugestão de como usar camiseta na balada/night .
